OS CICLISTAS E OUTROS POEMAS
Descrição
Título: OS CICLISTAS E OUTROS POEMAS
Autor: Fernando Castro
ISBN 978-85-94187-00-0
Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 88
Gênero: Poesia
Ano: 2017
FERNANDO CASTRO (Antônio Fernando Ribeiro Castro) nasceu em Veranópolis/RS, em 1935. Cedo passou a residir em Porto Alegre, onde iniciou suas atividades literárias. Participou do Teatro do Estudante e ao mesmo tempo, escrevia poemas e contos, publicando-os em diversos jornais e revistas da Capital e em outros Estados. Trabalhou como revisor e redator, contato de publicidade e jornalista. Foi advogado e professor da Faculdade de Direito Ritter dos Reis. Publicou Folha de Poesia/Grupo Quixote – Porto Alegre/1955 (antologia); Poesia Quixote – Editora Globo – Porto Alegre/1956 (antologia); Antologia dos Poetas Laureados no Concurso de Poesia Leitura – Livraria São José – Rio de Janeiro/1957; Narceja – Editora Narceja – São Paulo/1959 (antologia); Poesia Grupo Quixote – Porto Alegre/1969 (antologia); Material de Exposição – Editora Movimento em convênio com o Instituto Estadual do Livro – Porto Alegre/1983. Colaborou em periódicos de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Recebeu menção honrosa no Concurso Nacional de Poesia Revista Leitura, Rio de Janeiro/1957; Concurso de Poesia/Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre/1959; 3º lugar no Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães/Universidade de Passo Fundo/RS, 1988. Em 1996 publicou Calandras, as inéditas pela Cibelli & Castro Editores.
os ciclistas
como se o binóculo
trouxesse para dentro de si
despejos e recortes
da
paisagem
e os raios solares
se confundissem com os giros da bicicleta
que se espalham em torno da área presumível
por faixa e emblemas
— é o reino das ciclovias e certames
onde os ciclistas
abraçam o vazio e se despedem
em horizontes flutuantes
e
penetram no espaço de vasos taoistas
que descoberto em arestas e recipientes em torno
criam a profundidade do exterior
— Assim —,
o teu corpo
erguido em pilares
que circulam como vias de acesso
expele contínuas tonalidades de vidraças
momento em que o dorso se inclina
como folha de plátano recém-incendiada
quase tangendo os recantos da paisagem
dentro do binóculo
é
como os ciclistas conduzem
teu primeiro suspiro noturno
(sem lembrança )
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