Livros

R$ 46,00

Título: SETE ERROS
Autora: Ana Luiza Rizzo

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 146
Gênero: Romance
Publicação: Gog / Bestiário, 2022

ISBN 978-65-85039-17-8

Na arte dos bordados avalia-se o ponto pelo avesso do pano, quanto mais habilidosas as mãos que bordam, mais imperceptível o caminho das linhas. Os arremates se diluem na composição do desenho, invisíveis na frente e no verso. Pode-se dizer o mesmo das tramas de uma história: quanto menos sentimos o trabalho de quem a compôs, mais ela nos envolve e passamos a acreditar que tudo aquilo poderia ter acontecido conosco. O que teríamos feito no lugar de Maria Antônia, que tem a vida dilacerada por uma gravidez que nunca quis? Ou se, ao querer tanto gerar uma filha, jamais tivéssemos conseguido essa realização, como aconteceu com a Bisa Clara? O que faríamos com o fruto de uma violência? De Maria Antônia só sabemos através da voz de Nina, sua prima e cúmplice num segredo fadado ao fracasso. Aliás, são muitos os segredos desfeitos nas tramas de Sete Erros. Ana Luiza Rizzo constrói sua narrativa como quem nos mostra as costas de um bordado que não se pretende impecável. A autora, pelo contrário, foca os fios emaranhados que compõem a vida e os silêncios de quatro gerações de mulheres e, com isso, toca em feridas que, de uma maneira ou de outra, pertencem a todas nós, mulheres. Pois ainda não há mulher que não saiba o que significa o peso daquilo que se cala.

Taiane Santi Martins .

Sobre a autora:
Ana Luiza Rizzo é mestre em Escrita Criativa pela PUCRS, escreve mensalmente para a Revista Ventanas e tem crônicas em várias antologias. Sete erros é seu primeiro romance. Mora em Porto Alegre.

R$ 40,00

Título: LAILA
Autora: Vanessa Silla

ISBN: 978-65-88865-70-5

Formato: 14 x 21
Páginas: 326
Gênero: Romance
Publicação: Bestiário / Class, 2021

Eis aqui um livro-viagem, um romance-ciclone, um libelo-literário de alta voltagem. Se o universo da prosa ficcional costuma ser estruturado pelo uno, em Laila, o que temos é o domínio do verso, do diverso se derramando pelos capítulos, todos vívidos, de contínua intensidade, criando um efeito de sedução que nos captura pela sua trama urdida com autenticidade. Laila, personagem singular, que nos enreda, nos atiça, nos comove, nos provoca, é a voz reinante. Mas não está só: o imbricamento da malha narrativa nos traz a mãe legastênica, o cão Chora Menos, o muso Tuio, Lourdinha, Zayn e outros tantos personagens alçados com uma dicção que funde a oralidade e a linguagem das redes digitais em diálogos díspares, dinâmicos, diligentes. Fique de olho também, leitor de profundas camadas, na avó de Laila. Você verá que os eventos desta obra original se assemelham a episódios de ficção seriada, nos quais os fatos, vibrantes, provocam pontos de viradas e desdobramentos inesperados, arrastando-nos para uma imersão total no mundo desvelado aos poucos, mas plenamente, pela protagonista. Os topos concretos se alternam entre o Brasil, a Espanha, o Marrocos, mas os virtuais se espraiam pelo planeta inteiro da cibercultura. E, ao mesmo tempo em que os devices tecnológicos são ubíquos na história, o humano se arvora na temática sombria do tráfico de pessoas. Com Laila, Vanessa Silla nos oferece um relato-dança, ao estilo de Rumi. Prepare-se: você não vai ler um livro, vai viver uma experiência (de leitura) inédita.

João Anzanello Carrascoza

Sobre a autora

VANESSA SILLA nasceu em Porto Alegre em 1961.
Formada em Letras, com Mestrado e Doutorado
em Escrita Criativa pela PUCRS.
Este é seu décimo segundo livro.

Título: O ENIGMA POR TRÁS DO MURO  
Autora: Neusa Demartini

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 82
Gênero: Romance
Publicação: Bestiário, 2022

ISBN 978-85-98802-05-3

A história de Catarina, filha de imigrantes alemães ricos, é contada com fragmentos e recortes de lembranças da neta Greta, a partir do que a própria avó e mãe lhe contaram. Desvenda os meandros do enigma que levou a avó à loucura, e a ser submetida a um tratamento cruel em suas passagens por Hospital Psiquiátrico cujo mais eficaz tratamento no início do século XX era o choque elétrico. Catarina entrava e saia das crises, passando de um estado de grande lucidez a um estado de total mergulho interno, sem perder a sensibilidade e o que se passava ao seu redor.

Sobre a autora:
Neusa Demartini vem de uma carreira acadêmica na UFSM, UFRGS e PUCRS onde, como professora e pesquisadora, dedicou-se a escrever livros na Área da Comunicação Persuasiva. Aposentada iniciou novo ciclo na Literatura escrevendo, após os seus setenta anos, quatro romances de ficção. Desde jovem escrevia eventualmente histórias infantís e crônicas. Seus romances, publicados por editoras do RGS, tiveram lançamentos na Feira do Livro de Porto Alegre:
Vozes da ancestralidade, 2018
Quatro mulheres, 2019
Segredos da rua Mundo, 2021
O enigma por trás do muro, 2022

Título: A CASA DO NAVIO PINTADO
Autora: Tadiane Tronca

FINALISTA DO PRÊMIO AGES

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 486
Gênero: Romance
Publicação: Bestiário/Class, 2022

ISBN 978-65-84571-55-6

Numa pequena vila do sul do Brasil, entre 1900 e 1920, um imigrante se consolida como um bem-sucedido homem de negócios. Habitando a “casa do navio pintado”, símbolo de prosperidade e também de sua própria derrocada, o prestigiado e ambicioso italiano faz de tudo para concretizar seus planos. Suas atitudes geram conflitos que levam a mortes e surpreendentes reviravoltas, afetando sobremaneira o destino de sua filha adotiva. A trama se intensifica com a chegada de dois jovens portugueses, acentuando sentimentos de amor e ódio, com consequências imprevisíveis. O convívio entre brasileiros natos e estrangeiros no auge do processo imigratório europeu para o Brasil, aspectos do cotidiano – notadamente as relações de poder na política, na economia e na família -, a literatura, a religiosidade, os efeitos da guerra e da gripe “espanhola”, são elementos que dão consistência à história.
Intercalando contextos temporais, o tempo presente é também trazido à tona na narrativa quando, um século depois, o Arquivo Histórico da cidade adquire o acervo da família do poderoso italiano e um historiador, isolado em sua própria casa devido à atual pandemia, trabalha nos documentos, descobrindo segredos centenários e arrepiantes.
O texto ganha pitadas de humor quando o sanguanel, o mito da região italiana, “invade” a casa deste historiador e misteriosamente o “ajuda” a desvendar os fatos cruciais da trama, os quais o ser fantasioso afirma ter testemunhado cem anos antes.
Por fim, uma narrativa fluente num romance que mescla ficção, fatos históricos, memória e fantasia, aguçando a imaginação do leitor.

Sobre a autora:
Nascida em Caxias do Sul, Tadiane Tronca tem formação acadêmica em Educação Física (1987) e em Direito (2012) pela Universidade de Caxias do Sul. Foi Secretária Municipal da Cultura de Caxias do Sul de 1997 a 2004. Na literatura, recebeu na década de 1980 menções honrosas por seus contos e crônicas em concursos literários de Caxias do Sul e de outros municípios, como Porto Alegre e Santa Maria. Em 1990, foi premiada com o primeiro lugar no Concurso de Contos, Crônicas e Poesias do Concurso Anual Literário de Caxias do Sul. Estreou no gênero “romance” com a publicação, em 1995, do romance Vapor Drina (Editora Artes e Ofícios) premiado no Concurso de Obra Literária do Concurso Anual Literário de Caxias do Sul, em 1994. Foi finalista do prêmio Açorianos de Literatura (POA) na categoria Autor Revelação em 1995. Em 2010, publicou o romance Script (Editora Belas Letras). Em outubro de 2015, lançou, em co-autoria com Juventino Dal Bó, o livro “O Segredo dos Baús”, destinado ao público pré-adolescente.

Título: DENTRO DO NOSSO SILÊNCIO
Autora: Karine Asth


Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 200
Gênero: Romance
Publicação: Bestiário, 2022

ISBN 978-65-998288-1-2

Este é um lançamento para o qual peço sua atenção, leitor. Trata-se de uma novela que trata de um tema atual e controverso, envolvendo um tabu social. Refiro-me à maternidade e à paternidade como um inesperado problema, o qual, a propósito, as pessoas fazem o possível para esconder, inclusive de si próprias. Karine Asth enfrenta-o duplamente: como ser humano e como escritora. Como ser humano, Karine entende que o modo como tudo se passa em nossa interioridade deve ocorrer também na interioridade das personagens; como escritora, demonstra a rara habilidade de desenvolver uma trama que, começando por uma situação crítica impactante, vai elevando a linha de tensão até o fim. Isto significa: estamos perante uma obra literária madura em todos os sentidos e que merece esse título, fazendo prever uma carreira que, por iniciar tão bem, alcançará o merecido êxito perante a crítica e o público.
Boa leitura.

Porto Alegre, inverno de 2022.
Luiz Antonio de Assis Brasil.

Sobre a autora:
Karine Asth nasceu em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, e mora em Recife há 17 anos. É formada em Administração pela UFPE e, desde o nascimento do filho, em 2018, dedica-se integralmente à escrita. Participou da antologia Literatura na distância, com organização de Raimundo Carrero, em 2020, publicou na antologia do Prêmio Off Flip de 2021 e está participando da antologia Travessias, resultado da Oficina de Escrita Criativa com o escritor Luiz Antonio de Assis Brasil. Dentro do nosso silêncio é seu primeiro romance.
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R$ 48,00

Título: PARA JÚLIA
Autora: Ana Feijó

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 126
Gênero: Romance
Publicação: Bestiário, 2022

ISBN 978-65-85039-11-6

Escrita: anseio de eternidade, desde as pinturas rupestres, os hieróglifos egípcios e mayas, os pergaminhos do Mar Morto. Deixar marcas no mundo. Escrever a história. Garantia de imortalidade. Cartas: Memórias. Lembranças. Sentido. Vivências. Experiência. Impotência. Emoções. Tudo registrado em cartas. Momento atual. Marcas. A singularidade do Ser Humano. Desde o olhar de Luiza preso no passado ao olhar de Juliano ávido de futuro. Desencontro de olhares no casal. Inevitável? Olhar de pai e de mãe que colidem eventualmente no olhar da filha Julia, mas não se fixam. Novamente, as marcas da escrita forjando o futuro, em Julia. Sonhos. Esperanças. Realizações. O olhar filosófico registrando tudo, a marca se sobrepondo ao roteiro, na singularidade de cada vivência. E a brutal violência da palavra não dita. Mordaça de Luiza. Devastador.

Ana Rita Jerusalinsky

Sobre a autora:
Ana Feijó nasceu e vive em Porto Alegre desde 1968. Cidade que escolheu assentar-se e escrever. Graduou-se em Psicologia em 1990 e atualmente estuda História na Uniritter. Em 2021 inaugurou sua trajetória na literatura com a publicação de “Com afeto e com pimenta” da editora Cirkula, pela qual recebeu o selo literário CirKula – Letra K.

Título: PAPIFUTEBOL
Autor: R. Gastelumendi Puig
Tradução: Julia Dantas

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 210
Gênero: Romance
Publicação: Bestiário, 2022

ISBN 978-65-85039-18-5

“No Papifutebol, encontram-se jogadores de todos os níveis, desde os mais rápidos que correm de uma área a outra, até os que parecem amarrados a um poste; alguns que têm condições de fugir de um rival, outros que jamais conseguirão; há fanáticos por futebol e quem não conhece sequer os fundamentos básicos.”
Rodrigo, empresário do ramo tecnológico muito ativo, convive com o estresse de seu trabalho e as discussões familiares que isso gera quando descobre a existência do Papifutebol. Embora não jogue há muitos anos, se inscreve, pois acredita que a competição lhe fará bem. Conhece um novo grupo singular, no qual rapidamente entende que o campeonato está imerso num mundo cheio de personagens, brincadeiras e churrascos, que o levarão a transformar seu jeito de encarar a vida. A idade se faz sentir e expõe suas limitações, de modo que o protagonista precisará aprender a superar desafios inesperados. Entre jogos emocionantes e encontros memoráveis, Rodrigo vai se reinventar.

Sobre o autor:
R. Gastelumendi Puig nasceu em Mercedes, Uruguai, e jogou futebol quando criança, como a maioria dos uruguaios. Sempre gostou de ler e escrever, também, de estudar. Aos vinte e seis anos, formou-se Engenheiro Industrial pela Universidade da República, fez pós-graduação na Espanha, Bélgica e EUA. Entre outros, trabalhou como professor universitário até formar sua própria empresa, com que ganhou vários prêmios e prêmios. A vida e o trabalho o levaram a viver em países como: Espanha e Brasil, além de viajar pela América Latina e grande parte da Europa. Com todas essas experiências acumuladas ao longo dos anos, ele guardou anedotas enriquecidas por encontros entre diferentes culturas e línguas. Sua vocação para a escrita, embora sempre presente, substituiu por muito tempo um hobby, sendo relegado ao seu trabalho; porém, nos últimos anos, abriu um espaço cada vez maior em sua vida, ampliando sua produção literária e participando de oficinas literárias. Escreveu narrativas com especial interesse pelos assuntos que envolvem o futebol amador, e especialmente o Papifútbol; além de resenhas bem humoradas dos jogos que participa e várias histórias ligadas a lugares e pessoas de vários países.

Título: BREVE COMO TUDO
Autora: Gisela Rodriguez

ISBN: 978-65-88865-33-0 

Formato: 14 x 21
Páginas: 136
Gênero: Romance
Publicação: Class, 2021

Breve como tudo conta uma fase de abstinência de escrita e de amadurecimento pessoal de Jan, autora, narradora e personagem do livro — Breve como tudo — que se constrói no próprio ato da leitura.
O ponto de partida é o presente histórico, ou seja, o hoje da estória que se conta. A narrativa inicia no contato direto com a vida contemporânea, o que, de imediato, envolve o leitor, na medida em que tem um olhar crítico e irônico para a realidade que é a de todos nós. Ao lado das coisas terríveis que acontecem no mundo, “Tudo ir pelo esgoto, ou melhor, pelos oceanos que circundavam os continentes cheios de gente desonesta, guerras desnecessárias, produtos de plástico e comida com agrotóxico.”(p.13), há a preocupação de a humanidade render-se, definitivamente, ao avanço tecnológico, abrindo mão da sua condição mais fundamental, o humanismo. “No canto superior do celular, ao lado das horas, o percentual de bateria desafiando a minha paciência. Somos horas e baterias, pensei, 23%, 7:45. 18%, 8:20. (p.9) […]


do texto de Jane Tutikian

SOBRE A AUTORA
Gisela Rodriguez é mestra e doutoranda em Escrita Criativa pela PUCRS; atriz e diretora de teatro pela Faculdade CAL de Artes Cênicas (RJ). Autora do romance Entre a neve e o deserto (Libretos Editora, 2014) e do livro de poemas e fotografias Desordem (FUMPROARTE, 2015). Trabalha com teatro e literatura e é professora de teatro.

Título: VENEZA SALVA,
Poesia e dramaturgia em Simone Weil

Autora: Simone Weil
Gabriela Wezka Porto Alegre

ISBN: 978-65-88865-57-6

Formato: 14 x 21
Páginas: 158
Gênero: Ensaio, Teatro, Poesia e Conto
Publicação: Bestiário / Class, 2021

A produção literária de Simone Weil, apesar de ser menos conhecida do que seu volumoso repertório filosófico, apresenta a pujança característica de uma personalidade de espantoso comprazimento com o humano e devoção à compreensão das razões de seu tempo. Ao utilizar uma abordagem reverenciosa da palavra, Weil designa o local apropriadamente simbólico para cada um de seus rogos líricos, seja na poesia ou na dramaturgia. Por terem sido escritos em um amplo lapso temporal, sobretudo para uma vida abreviada aos 34 anos, os poemas perpassam momentos diferentes de sua vida e aportam preocupações que se lapidaram nos trajetos de sua atenção. Sua proeminência foi reconhecida por Paul Valéry em uma carta escrita à poeta no ano de 1937 e inserida neste livro. Weil nos introduz, em sua literatura, uma capacidade de criação de texturas complementares. O existencialismo, o fluxo entre corpo e espaço, seja a natureza ou o cosmos, o abstrato, a ardência de uma angústia à qual quase se rende. Em sua poética, Simone brada seu olhar fosfórico sobre as densidades.

Sobre Simone Weil
Simone Adolphine Weil nasceu em 1909 em Paris. Em 1938 ingressou na prestigiada École Normale Supérieure para estudar filosofia, tendo sido uma das primeiras mulheres a estudar na Instituição. Ativista e participante de sindicatos da classe trabalhadora, começou a sua carreira de professora com 22 anos, escreveu para revistas e colunas progressistas e trabalhou como operária em três fábricas, experiência da qual extraiu ampla compreensão da opressão e da natureza da revolução proletária. Em 1936 decidiu engajar-se com a Coluna anarquista Derruti na Guerra Civil Espanhola, da qual precisou evadir em virtude de um acidente. A partir de então, voltou-se à sutil potência de suas iluminações espirituais. Por intermédio do Padre Perrin, realizou seu desejo de trabalhar num campo, na Ardecha, onde conheceu seu grande amigo Gustave Thibon. Em 1942, mudou-se para Nova York com os pais, retornando pouco tempo depois ao Reino Unido. Antes de ser tomada pela tuberculose em 1943, Simone escreveu sua obra filosófica fundamental, O Enraizamento, dedicou-se à peça Veneza Salva e aos seus últimos poemas.

Título: O COVEIRO DE BUENOS AIRES
Autor: Mauro Maciel
Autor vencedor do Prêmio Kindle Amazon
Finalista do Prêmio AGES

Prefácio: Juremir Machado da Silva

ISBN 978-85-94187-49-9

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 320
Gênero: Romance
Publicação: Class / Bestiário, 2019

Sinopse
Um romance sobre escravos. Um livro sobre negros divididos entre o medo e a liberdade, a fuga e a sobrevida. Uma história que começa em Pelotas, no sul do Brasil, e avança pelo universo platino. Um mundo de violência, desespero e crueldade reconstruído detalhadamente para dar vida aos que viveram e morreram sonhando e lutando pela liberdade. Pode existir algo mais infame do que a escravidão? Pode se compreender essa ideia: um homem ser proprietário de outros homens e deles dispor como ferramentas para tudo? Uma loucura vivida na época da Guerra do Paraguai. Um passado feito de horrores, padecimentos, correntes, açoites e ideias de liberdade jamais sufocadas apesar dos castigos, das mortes e das perseguições implacáveis.

Sobre o autor
Mauro Vieira Maciel nasceu em Alegrete, em 1971, e cresceu em Uruguaiana, na fronteira do Brasil com a Argentina e com o Uruguai, no Rio Grande do Sul. Advogado e jornalista, o autor está radicado em Florianópolis, Santa Catarina, desde 2011. O seu romance de estreia foi A Pedra do Doutor Getúlio, título publicado pela Editora Movimento, de Porto Alegre/RS, em 2011. Em 2014, conquistou o segundo lugar no prêmio Saraiva de Literatura, na categoria romance adulto, com a obra A Travessia do Rio Japeju, título publicado pela Editora Benvirá, de São Paulo (SP), em 2015. Com O Memorial do Desterro, o autor venceu o 2º Prêmio Kindle de Literatura, em 2017. O Memorial do Desterro foi publicado pela Editora Nova Fronteira, do Rio de Janeiro, em 2018.
O coveiro de Buenos Aires é a quarta obra de ficção do autor. 

Título: SALOMÉ
Autor: Oscar Wilde
Tradução: Juann Acosta

FINALISTA PRÊMIO MINUANO 2022

ISBN : 978-65-88865-24-8
Formato: 14 x 18 cm.
Páginas: 118
Gênero: Teatro
Ilustrações: Aubrey Beardsley
Publicação: Class, 2021

A história da Salomé de Oscar Wilde (Dublin, 1854 – Paris,1900) pode ter seu início em Paris, quando o escritor aí se refugia, entre novembro e dezembro de 1891, para escrever sua primeira e única tragédia em francês e, possivelmente, seu trabalho mais polêmico. Mas poderíamos dizer que ela começa uns meses antes, em junho desse mesmo ano, quando Wilde conhece o jovem Lord Alfred Douglas – aquele que viria a ser, além de seu irrequieto amante que o levaria à ruina, o tradutor de Salomé para a língua inglesa. Enfin… A tragédia Salomé destoa tanto em forma quanto em conteúdo das demais peças do autor irlandês. É uma incorporação de desejo, poder e erotismo à luz da lua, cuja aparência é constantemente mencionada por vários personagens ao longo da história. A jovem Salomé possui uma beleza capaz de levar os homens à perdição. Quem ousa olhá-la é tomado por um misto de atração, medo, terror e desejo.
Salomé é uma releitura da história bíblica de João Batista, quando este é capturado a mando de Herodes, tetrarca da Judeia. O trecho encontra-se no novo testamento em Mateus 14:1-11 e Marcos 6:17-28. Na passagem do evangelho, o rei Herodes, então casado com a mulher de seu irmão, a rainha Herodíade (ou Herodias), pede uma dança à sua enteada, prometendo dar-lhe qualquer coisa em troca. Herodíade convence a filha que peça a cabeça de João Batista. Vale lembrar que o nome Salomé não aparece no novo testamento. A jovem princesa é apenas mencionada como a filha de Herodíade, enteada de Herodes. É através dos escritos do historiador judeu Flávio Josefo (Flavius Jusephus – Antiguidades Judaicas, livro 18) que o nome Salomé vem a ser registrado na história


Sobre o autor:
OSCAR FINGAL O’FLAHERTIE WILLS WILDE – (1854-1900) Nasceu em Dublin – Irlanda, e muito chamou atenção em solo inglês desde seus tempos de estudante em Oxford, não só por sua excelência nos estudos, mas por sua extravagância, senso de humor e uma refinada visão estética. É até hoje um dos autores mais lidos em língua inglesa. Escreveu poemas, contos, peças que o tornaram célebre, ensaios, além de seu único romance e escrito mais famoso: “O Retrato de Dorian Gray”. Conquistou grande prestígio da sociedade londrina do final do século XIX até ser processado sob acusação de homossexualismo pelo pai de seu amante Alfred Douglas – o Bosie – sendo condenado, em 1894, a dois anos de trabalhos forçados na prisão de Reading. Aí escreveu um de seus livros mais importantes: De Profundis. Após perder todos os seus bens e direitos, deixa definitivamente a Inglaterra passando a usar o nome de Sebastian Melmoth. Reencontra-se com Bosie na Itália para logo ter mais um rompimento com seu amante. Passou seus últimos e penosos anos de vida em Paris, onde falece de meningoencefalite aos 46 anos. Seus restos mortais são transferidos ao Père-Lachaise em 1909 e o tumulo recebe um monumento do escultor Jacob Epstein em 1912 tornando-se um dos túmulos mais visitados do local. Em 2011, para que o túmulo não chegasse a um estado irreparável de degradação pela quantidade de marcas de batom dos beijos que lhe foram dados ao longo dos anos, é colocada uma redoma de vidro ao redor da escultura.

Ah! Beijei tua boca, Iokanaan, beijei tua boca. Senti um gosto amargo nos teus lábios. Era gosto de sangue?… Talvez seja esse o gosto do amor. Dizem que o amor tem um sabor amargo… Mas, que importa? Que importa? Beijei tua boca, Iokanaan, beijei tua boca.

OSCAR WILDE: Aquele cujo túmulo hoje é envolto em vidro no cemitério Père-Lachaise para evitar que seus admiradores o cubram de beijos é símbolo daqueles que se perdem por amor até as últimas consequências, tal qual as palavras de sua extravagante peça Salomé.

Sobre o ilustrador:
AUBREY VINCENT BEARDSLEY (1872-1898) Foi um importante ilustrador e escritor inglês. Suas pinturas em preto e branco influenciadas pela Poster Art e xilogravuras japonesas eram capazes de criar atmosferas grotescas, decadentes e ao mesmo tempo eróticas. Seu trabalho é considerado influenciador do movimento decadentista e da Art Nouveau. Foi um dos criadores de revista The Yellow Book (1894-1897). Nos anos 1970, reaparece como uma influência não só nas artes visuais, mas na música, por nomes como Sèrge Gainsbourg e a banda Humble Pie, que lhe rendeu uma homenagem na capa de seu famoso disco homônomo, conhecido também como The Beardsley album.

Sobre o tradutor:
JUANN ACOSTA – Professor, tradutor e músico nascido em Porto Alegre em 1982. Formado em Letras com especialização em Tradução e Tecnologia. Mestre e Doutorando em Tradução pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente pesquisa a tradução poética de Oscar Wilde e poesia traduzida em audiovisual no canal “Outras Rimas”.

Título: DO LADO DE FORA DA PORTA
UMA PEÇA QUE NENHUM TEATRO QUER ENCENAR
E PÚBLICO ALGUM QUER ASSISTIR

Autor: Wolfgang Borchert.
Tradução: Vinícius Casanova Ritter e Gerson Roberto Neumann

ISBN: 978-65-990301-9-2

Formato: 14 x 21
Páginas: 94
Gênero: Teatro alemão
Publicação: Class, 2020

A temática de Borchert não reside apenas nos acontecimentos dos textos, ela também aparece no estilo do escritor da chamada literatura dos escombros [Trümmerliteratur], de um país que precisava ser reconstruído, também na e por meio da Literatura. Como Heinrich Böll comenta no posfácio que escreveu sobre a escrita de Borchert para a publicação de 1956 pela editora Rowohlt, “ela é um documento, um registro testemunhal da fome que ao mesmo tempo funciona como uma narração magistral, fria e incisiva, sem uma palavra a mais ou a menos”4 (p. 120). No mundo dos contos, Borchert ajudou a cristalizar o gênero com esse estilo próprio, especialmente em Das Brot [O pão], o conto que por muito tempo é uma marca registrada da arte de Wolfgang Borchert. Borchert faleceu em um sanatório suíço no dia 20 de novembro de 1947, de uma febre indicativa de malária, como se fosse mais uma tragédia mal cronometrada na vida do autor, exatamente um dia antes da primeira vez que Draußen vor der Tür seria encenado. Com a produção da peça em palco, Borchert fez jus ao que considerava ser sua maior responsabilidade: transpor consternação em um ambiente de inércia.

Sobre o autor:
Wolfgang Borchert é considerado um dos escritores mais importantes do Pós-Guerra na Alemanha. Durante os dois últimos anos de sua breve vida, escreveu a peça Draußen vor der Tür (1946) [Do lado de fora da porta], uma coleção com dezenove contos, duas coleções de ensaios e duas pequenas coleções de poemas. Pode parecer pouco, comparado a outros autores de tamanha relevância, mas o que impediu Borchert de escrever mais foi muito particular: as decisões tomadas pelo regime totalitário de seu país e as respectivas consequências que o levaram à morte. Para se entender o estilo e o ponto de vista do autor, é importante que se verifique o contexto sociopolítico em que ele viveu, uma vez que as duas guerras mundiais compõem a temática da maioria das obras de Borchert.

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