QUANTOS DIAS CABEM NA NOITE
Descrição
Título: QUANTOS DIAS CABEM NA NOITE
Autora: Marli Silveira
ISBN: 978-65-88865-48-4
Formato: 14 x 21
Páginas: 96
Gênero: Poesia
Publicação: Bestiário / Class, 2021
Brevíssima resenha
Tenho grande admiração pela Marli Silveira, que – de repente – nos surpreende com novos poemas inconvencionais, de uma força existencial que raramente encontrei na profusão – ou antes, na confusão verbalista, que se têm despejado nas Redes Virtuais, onde já não se sabe o que considerar poesia e não-poesia. Surgiram demasiados pseudos-Fernando Pessoas!
É hora de encararmos a Poesia como uma possibilidade concreta de nos aproximarmos do “Mistério da Vida”. Para os que acham tal expressão pomposa e alienante, é hora de simplesmente usarmos as palavras com economia e expressividade.
A Marli não brinca com as palavras. A Marli é uma filósofa existencial que se preocupa em obter uma centelha de luz no túnel.
Ela acredita, felizmente, que o túnel ainda exista, e que a luz nele é uma possibilidade.
Dentre os poetas que ultimamente me foi dado ler, é uma autora que parece estar sempre praticando uma sorte de “Pesca Submarina Lírica”. Mesmo quando “se perde”- por assim dizer entre suas intuições e suas reflexões amargamente realistas, ela continua fiel ao seu projeto poético. Por vezes, digo, ela mescla seus insights a outras fontes culturais… Mesmo nesses momentos, seus versos se deixam atravessar por luzes estranhas, por iluminações que evocam as de Rimbaud, e de outros precursores da mais exigente contemporaneidade.
Marli é uma Poeta inclassificável. Merece ser lida por leitores que estão persuadidos de que Poesia tem uma função neste mundo audiovisual, palavroso, e indiscutivelmente frívolo. Um mundo que despreza as intuições, que mostra uma insolente e detestável arrogância em relação ao que poderíamos designar como “a tangibilidade psíquica” que consiste em atribuir a versos compostos com o coração o repúdio às amarras ideológicas, políticas, ou até sociológicas.
O verdadeiro poeta – e Marli é uma Poeta – está interessada apenas em tirar do seu poço uma água não salobre, uma água fresca capaz de matar a sede de um sedento…
Concluo:
a poesia de Marli, nos momentos em que ela emerge de suas meditações sociais e metafísicas, tem algo a dizer-nos, mesmo quando ela no choca com seu aparente pessimismo
Armindo Trevisan
Sobre a autora:
Marli Silveira (Marli Teresinha Silva da Silveira) é natural de Santa Cruz do Sul, Mestre em Filosofia (UFSM) e Doutora em Educação (UPF). Escritora, com vários livros publicados, entre os quais os três últimos: O dia da rua (Besourobox, 2018), Liberdade rasurada – narrativas de dor e liberdades (Besourobox, 2019), e Daseinspedagogia (Ape’ku, 2020). Autora de artigos e trabalhos acadêmicos. Foi secretária e coordenadora de Cultura de Vera Cruz (2005 a 2008, 2014 a 2015), Coordenadora de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura de Santa Cruz do Sul (2009-2012). Recebeu prêmios por iniciativas e projetos que têm como foco o desenvolvimento cultural, a democratização do acesso e a promoção da diversidade cultural e literária, entre os quais o Prêmio VIVA LEITURA 2016 (MinC, MEC e OEI) e o Prêmio Trajetórias Culturais Mestra Sirley Amaro 2021. Em 2017 foi eleita Patrona da Feira do Livro de Vera Cruz-RS, em 2019 Patrona da Feira do Livro de Gramado Xavier-RS.
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