Livros

Título: COLAR DE CONTOS
Autor: Luiz Carlos Osorio

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 110
Gênero: Contos
Publicação: Bestiário, 2022

ISBN 978-65-84571-63-1

Este livro é uma coletânea de contos escritos pelo autor, sem uma unidade estilística. Nele encontram-se desde uma narrativa com um linguajar gauchesco até um texto com gírias peculiares aos jovens de nossos dias. A dar-lhe certa unidade que justifica o
título escolhido, lembrando as contas que se encadeiam num colar, há o comparecimento de personagens de um conto em contos subsequentes, sendo eles apresentados na ordem cronológica em que foram escritos.

Sobre o autor:
LUIZ CARLOS OSORIO é médico, com especialização em psiquiatria. Psicanalista titulado pela International Psychoanalytic
Association (IPA). Grupoterapeuta com formação em psicodrama e em terapia familiar (na Itália). Autor de várias obras sobre adolescência, psicanálise, grupos, casais e famílias e textos de ficção. Professor convidado para palestras e cursos em entidades públicas e privadas do país e exterior.

Título: PORTO-ALEGREANOS
Auror: Tailor Diniz

Formato: 12 x 18 cm.
Páginas: 102
Gênero: Contos
Publicação: Bestiário, 2022

ISBN 978-65-84571-60-0

“Mesmo quando ela é ausente, vista de longe, com estranha saudade, a cidade serve para mostrar as diferentes nuances do que se está a narrar. É mesmo assim Porto Alegre: há uma cidade emocional, que paira sobre o casario antigo e se constrói a partir da feição de cada bairro, rua, esquina. Há encontros que só
podem acontecer na orla do Guaíba, amores que são possíveis apenas na Cidade Baixa, exílios que pedem o bucolismo de Belém Novo…”

Robertson Frizero

***
Porto-alegreanos é um agradável passeio pela cidade e uma afetuosa conversa de mesa de bar com alguns de seus habitantes mais característicos e particulares.

Sobre o autor:
Tailor Diniz é natural de Júlio de Castilhos, vive em Porto Alegre desde 1982. Entre seus livros publicados, estão Em linha reta, semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura (2015), Crime na Feira do Livro, traduzido para o alemão e lançado na Feira de Frankfurt em 2013, Transversais do tempo, Prêmio Açorianos
(2007), e A superfície da sombra, traduzido na Bulgária e adaptado para o cinema em 2017. Dedica-se também a roteiros de cinema e televisão, com prêmios nos festivais de Gramado e Brasília. Seu mais recente trabalho é como corroteirista da Série Chuteira Preta [Dark Soccer], primeira e segunda temporada, disponível em sistema de streaming na Amazon Prime. Seu último romance, Só os diamantes são eternos, está sendo adaptado para o cinema.

Título: O CLUBE DOS SOBREVIVENTES
Autor: Tailor Diniz

ISBN: 978-65-88865-66-8 

Formato: 12 x 18
Páginas: 68
Gênero: Contos
Publicação: Class, 2021

Não há quarentena que retenha a imaginação de um escritor talentoso. Tailor Diniz, romancista, contista e roteirista reconhecido nacionalmente, aproveita os primeiros sinais de trégua da pandemia para soltar personagens que criou durante os meses de isolamento, também eles – como todos nós – ansiosos para colocar o pé na estrada do velho normal.

Sobre o autor:
Tailor Diniz
 tem 18 livros publicados, entre eles, Em linha reta, semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura (2015), Crime na feira do livro, traduzido para o alemão e lançado na Feira de Frankfurt em 2013, e A superfície da sombra, traduzido na Bulgária e adaptado para o cinema em 2017.
É também roteirista, com prêmios nos festivais de Gramado e Brasília. Seu mais recente trabalho é como corroteirista da Série “Chuteira preta” [Dark Soccer], disponível em sistema de streaming na Amazon Prime.
Seu livro Noturno em Punta del Diablo, foi Finalista do 5º Prêmio Kindle de Literatura, 2020.

Título: TIA GORDA E TIA MAGRINHA NA GUERRA DO PARAGUAI e outros contos de guerra, sonho, amores
Autor: José Eduardo Degrazia

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 114
Gênero: Contos
Publicação: Bestiário/Class, 2022

ISBN 978-65-84571-59-4

Anátema para quem pensar que este é um livro de causos. É um livro de autênticos contos literários, a que não faltam texto e subtexto, principalmente subtexto. E eis a essência desse difícil gênero, de que se exige concisão e rigor da palavra: o que se esconde vale mais do que se mostra. E nisso José Eduardo Degrazia é mestre. Ajuda-o muito sua excelência poética, capaz de articular a metáfora com o mundo real – e a metáfora nunca é o que parece, mas, sim, o que representa.
E por qual razão alguém pensaria em causos? Sei o motivo: estes textos são, na primeira parte, histórias que envolvem a gente da fronteira Sul do Brasil, nos seus teres e haveres, nos seus episódios bélicos, nos seus contrabandos, nos bolichos povoados de bandidos que bebem cachaça e estão prontos a usar seus revólveres e adagas, tudo isso entremeado por amores ásperos e carnais. São pessoas que vivem na luta entre o que se convencionou chamar de civilização e a barbárie, sendo esta apenas seu modo inocente de encarar o mundo. De certo modo, são os que habitaram, em outro século e outra estética, os causos de João Simões Lopes Neto. Aqui os vemos “atualizados” por novas circunstâncias, novas geografias, novo estilo e novo e exclusivo autor. Mas enfim, podem ser contados à borda do fogo de chão.
Na segunda parte dominam outras circunstâncias, em que a aventura, o deslocamento e o pensamento político trazem outras personagens, outras lembranças, todas de um período em que ainda havia o desejo de construir um universo com espaço suficiente para a solidariedade, a liberdade e, novamente, para o amor, antes que viessem as sombras. Há relatos visivelmente pessoais, transfigurados e trazidos à palavra que, como se sabe, cria mundos diferentes do real. Essas andanças bem podem ser narradas aos netos por senhores encanecidos em seus lazeres rememorativos de uma época de sonho.
Tudo o que vimos, portanto, parecem causos. Mas aqui estamos perante um escritor de longo e experimentado ofício, e daí que já surgem prontos como literatura, isto é, viram contos, na mais alta expressão que a literatura pode abrigar. Se o conto vale pelo não dito, Degrazia sabe esconder o que verdadeiramente interessa, deixando a descoberta ao leitor inteligente que, assim, participará de um autêntico festim intelectual e emocional. E os leitores saem absolvidos de seu injusto anátema.

Luiz Antonio de Assis Brasil, inverno de 2021

Sobre o autor:
José Eduardo Degrazia – nasceu em Porto Alegre em 1951. É médico oftalmologista. Como escritor tem publicados livros de contos, poesia, novela, e infantojuvenil; entre eles Lavra permanente, poesia, 1975; Cidade submersa, poesia, 1979; A urna guarani, poesia, 2004; Corpo do Brasil, poesia, 2011; A flor fugaz, poesia, 2011; Lições de geometria fantástica, poesia, 2016; Matemática para centauros, poesia, 2018; Parábola para centauros, poesia, 2019; A nitidez das coisas, poesia, 2018; O atleta recordista, contos e minicontos, 1996; A orelha do bugre, contos e minicontos, 1998; A terra sem males, contos; Os leões selvagens de Tanganica, contos e minicontos; A colecionadora de corujinhas, minicontos; Deus não protege os certinhos, minicontos, 2020; Os últimos verdadeiros homens, minicontos, 2021; O reino de macambira, novela, 2005; A fabulosa viagem do mel de lechiguana, novela, 2008; O samba da girafa, infantojuvenil,1985; A caturrita cocota, infantojuvenil, 1991; Gato e sapato, infantojuvenil, 1997. Como tradutor do espanhol e do italiano, publicou 14 livros, entre eles, 9 de Pablo Neruda. Principais Prêmios Recebidos:
– Prêmio do Biênio da Colonização e Imigração com Lavra Permanente, 1974;
– Prêmio I Concurso Universitário de Literatura da UFRGS, 1976;
– Prêmio de Conto da Revista Status, 1978;
– Prêmio de teatro do SNT com a peça A Casa dos Impossíveis, 1975;
– Finalista do prêmio Nestlé de Literatura, de 1996, com O Atleta Recordista;
– Finalista do Prêmio Açorianos com Os Leões Selvagens de Tanganica, 2003.
– Prêmio O Sul de melhor tradução – 2006 com livros de Pablo Neruda
– Prêmio narrativa longa da Associação Gaúcha de Escritores – com a novela O Reino de Macambira – 2006
– Prêmio da Academia Internacional Mihai Eminescu da Romênia para a Obra em prosa – 2012.
– Prêmio Internacional de Poesia de Trieste de 2013.
– Prêmio de Poesia da União de Escritores da Moldávia. 2015.
– Prêmio de Tradução da Associação de Editores da Romênia – 2016.
– Prêmio AGES narrativa curta, com Deus não protege os certinhos, 2021
– Prêmio AGES livro do ano, 2021.

Título: ROST
Autor: Guy Helminger
Organização: Gerson Roberto Neumann
Tradução: Júlia Regina Köchert Fussieger, Marina Canofre
e Sofia Froehlich Kohl

PRIX SERVAIS, LUXEMBURGO

ISBN: 978-65-88865-68-2 

Formato: 14 x 21
Páginas: 132
Gênero: Contos
Publicação: Class, 2021

Nas histórias de Guy Helminger, muitas vezes não é preciso muito para tirar os protagonistas do caminho. Um olhar torto, um movimento errado, um feixe de luz caindo muito obliquamente – uma construção de vida cuidadosamente construída começa a vacilar. Sempre que o inesperado se intromete na vida cotidiana dos personagens de Helminger, seu verdadeiro caráter se torna aparente: agressão, necessidade excessiva  de reconhecimento, narcisismo patológico, medo e insegurança controlam seus sentimentos e comportamento. Mas mesmo nos cenários de ameaça mais opressivos, o autor mina as expectativas de seus leitores. Porque mesmo em momentos terríveis, às vezes até cruéis, há espaço para elementos líricos e nuances poéticas que sublimam a violência crua.

Sobre o autor:
Guy Helminger nasceu em Esch / Alzette, Luxemburgo em 1963 e vive como escritor em Colônia, Alemanha, desde 1985. Junto com seu colega Navid Kermani, moderou o “Salão Literário Internacional”, no Stadtgarten de Colônia, por muitos anos. Em 2002 recebeu o prêmio de promoção do teatro juvenil do estado de Baden-Württemberg, no mesmo ano, o Prix Servais, pela coleção de contos “Rost”. Em 2004, por ocasião da 28ª Jornada de Literatura Alemã em Klagenfurt, recebeu o Prêmio 3sat. 2006, Prix du mérite culturel de la ville d’Esch. Além de inúmeras peças teatrais, radiofônicas e líricas, publicou o volume de contos “Etwas fehlt immer” (2005), bem como os romances “Morgen war schon” (2007) e “Neubrasilien” (2010).

R$ 36,00

Título: CICLOPE MÍOPE
Autora: Isadora Dutra

ISBN: 978-65-88865-59-0

Formato: 14 x 21
Páginas: 102
Gênero: Contos
Publicação: Bestiário / Class, 2021

Ciclope míope é um caleidoscópio narrativo. O livro reúne pequenos contos que descrevem cenas em que personagens sem nome ou história se debatem em situações insólitas. Cada cena é como um quadro que se relaciona com os demais num jogo caleidoscópico. Fragmentos de uma cena reaparecem em outra ligando os personagens no espaço e na experiência, por vezes dramática, de eventos e situações estranhas. A marca comum nos quadros é a dificuldade que os personagens encontram de ver e compor um todo que faça sentido.

Sobre a autora:
Isadora Dutra é formada em jornalismo e professora doutora em
Teoria da Literatura. Durante o doutorado, passou um período de
pesquisa na França e concluiu a tese na PUCRS. Nasceu no Rio de Janeiro e mora em Porto Alegre, colaborando atualmente nos projetos do IMADIN (Instituto Maria Dinorah). Atuou como docente substituta na UFRGS, depois de seis anos ministrando aulas de graduação e mestrado em diferentes universidades de Curitiba, cidade onde nasceu seu filho.

Título: MAMÃE TRABALHAVA À NOITE
Autor: Emir Rossoni

– PRÊMIO ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS
– PRÊMIO RUBEM FONSECA – Menção honrosa

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 94
Gênero: Contos
Publicação: Bestiário / Telucazu, 2022

ISBN Telucazu 978-65-86928-65-5
ISBN Bestiário 978-65-85039-10-9

Aos já iniciados na literatura de Emir Rossoni, este Mamãe trabalhava à noite só confirma o talento desse autor, que tem as palavras como suas escravas, e não o contrário como acontece com a maioria dos escritores que precisa garimpá-las e domesticálas para que se encaixem no texto. Ao ler Emir, a impressão que ele nos passa é que todos os contos e as histórias que conta já estavam escritas antes, no universo, e que ele só se deu ao trabalho de sentar e colocar no papel.
São doze contos, doze histórias, uma dúzia de vidas que se cruzam nos diversos estágios: da infância à velhice, com seus traumas, suas dores, suas paixões e desencantamentos.
Convido o leitor a viajar pelas calçadas úmidas, a resgatar fotos esmaecidas, a visitar o interior de uma cobra, a comprar prendedores de um indiozinho na madrugada, a descobrir qual é a resposta e, garanto, irá terminar a leitura com olhos marejados
e cotovelos no parapeito.

Henriette Effenberger, escritora

Sobre o autor:
Emir Rossoni é autor de “Caixa de Guardar Vontades”, vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura e do Prêmio Guarulhos de Literatura de Livro do Ano em 2019, “Domanda Nísio”, vencedor do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura em 2018 e do Prêmio Bunkyo em 2020, e “Erros, Errantes e Afins”, vencedor do
Prêmio CEPE de Literatura 2020.

R$ 42,00

Título: TRAVESSIAS
Organização: Luiz Antonio de Assis Brasil

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 112
Gênero: Contos
Publicação: Bestiário, 2022

ISBN 978-65-85039-12-3

Autores: Aline Caixeta, Ana Carolina Mesquita, Cibele Favrin, Eduardo Villela, Isadora Vianna Sento-Sé, Karine Asth, Marcos Vinícius Ferreira de Oliveira, Marília Lovatel, Orete Nascimento, Pedro Santos, Simone Barata, Sofia Mathias, Virginia Botelho

São muitas e diferentes as estradas que nos conduziram a esse encontro. Os desejos, as necessidades e os desafios da escrita serviram para compactar estilos, vivências e a paixão pela literatura, guiados por um mestre experiente, exigente, e ao mesmo tempo generoso ao transmitir seus ensinamentos a um grupo com participantes tão distantes geograficamente, mas tão próximos na busca pelo aprimoramento de suas escritas. Essa travessia, capitaneada pelo professor e escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, resultou nos trabalhos apresentados nessa antologia.

Título: PLURAL DE FÊMEAS
Autora: Sinara Foss

ISBN: 978-65-88865-69-9 

Formato: 14 x 21
Páginas: 94
Gênero: Contos
Publicação: Class, 2021

Sinara Foss escreve contos fantásticos e de terror. Eu a descobri através de meu ofício de revisora e leitora crítica. Li algumas reuniões de seus textos nesse gênero e me impressionou sua produção constante e sem pressa de publicar.
Tenho observado que Terror é uma tendência contemporânea, talvez fosse melhor dizer que está na moda, pois têm surgido oficinas específicas para sua exploração em literatura. Particularmente, aprendi a gostar do gênero por ter desenvolvido
o gosto por sentir medo através de narrativas orais que fazem parte da cultura e tradição da minha região de origem Fronteira Oeste.
O livro Plural de Fêmeas é composto por contos, num estilo de “Amazing Stories”, premiada série de televisão antológica de horror e ficção científica, criada pelo diretor e produtor Steven Spielberg, nos anos 80. Foi a época que mais me fascinou esperar por novas histórias envolventes e bem contadas e esse espaço nunca foi preenchido, até que conheci a produção literária desta escritora.

Vera Ione Molina

Sobre a autora:
Sinara Foss nasceu no interior do RS em 1969. Mestra em Literaturas de Língua Inglesa pela UFRGS, trabalha como tradutora e professora de inglês. É vegetariana e ativista da causa animal.

Título: NADA É SUFICIENTE…
Autor: Guy Helminger

ISBN: 978-65-84571-16-7

Formato: 14 x 21
Páginas: 224
Gênero: Contos alemães
Publicação: Bestiário / Class, 2022

Poucas coisas animavam Frank Perl tanto como andar de bicicleta. Havia dias em que ele já se encontrava sentado naquele banco logo depois do café da manhã, e só ao escurecer percebia que não havia comido nada durante todo aquele tempo. Ele pedalava pela cidade e, vez ou outra, quando surgia a oportunidade, e ele sabia que lhe seria concedida aquela alegria tão ímpar, ele soltava o guidão, levantava-se e planando sobre a
bicicleta dava um tapa na nuca de um transeunte.

Com o lançamento no Brasil desta primeira tradução de Etwas fehlt immer (Nada é suficiente…), obra do escritor luxemburguês radicado em Colônia, Guy Helminger, damos continuidade à divulgação da literatura de língua alemã para o público de língua portuguesa.

Sobre o autor:
Guy Helminger nasceu em 1963 em Esch/Alzette (Luxemburgo) e vive como escritor em Köln, na Alemanha, desde 1985. Ele escreve poesia, romances, peças de rádio, teatro, roteiros e aparece como moderador de eventos literários.
Em 2002 ele recebeu o Förderpreis für Jugend-Theater des Landes Baden-Württemberg e, no mesmo ano, o Prix Servais pelo livro “Rost”. Sua cidade natal lhe concedeu o Prix du mérite culturel de la ville d’Esch em 2006. Em 2016 ele recebeu o Prêmio Dresden de Poesia e acaba de receber o Prêmio Gustav Regler 2020.
A editora capybarabooks publicou até agora a coleção de peças “Venezuela” (2015) e a peça “Jockey” (2019), as novas edições da coleção de contos “Rost” (2016) e o romance “Neubrasilien” (2020), o livro infantil “Eng Taass fir d’Nefertiti Nilpäerd” (desenhos de Manuela Olten, 2015), os relatos de viagem “Die Allee der Zähne”. Aufzeichnungen und Fotos aus Iran” (2018) e “Die Lehmbauten des Lichts. Aufzeichnungen und Fotos aus dem Jemen” (2019) foram publicados recentemente. O último romance de Guy Helminger, “Die Lombardi-A.

Título: NÃO CULPE O NARRADOR
Autor: Ana Luiza Rizzo e Irka Barrios (org.)

Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 256
Gênero: Contos
Publicação: Class, 2018

Vinte e seis contistas (alguns também romancistas) trazem ao gramado da nossa literatura o excelente: “Não culpe o narrador”. Às vésperas de mais uma Copa do Mundo, momento oportuno para tal iniciativa, essa lacuna recebe uma bela contribuição para começar a ser preenchida. Nas histórias a seguir (mais os bônus, ao final do livro), encontraremos autores dos mais variados estilos, expondo narrativas que têm como pano de fundo ora o futebol ora um dos países associados à disputa da Copa do Mundo da Rússia, 2018. O que, num primeiro momento pareceria uma missão engessada, como aqueles velhos esquemas táticos europeus: “bola alçada à grande área e cabeçada”, a realização do projeto mostra o contrário. O livro nos envolve e nos surpreende — graças ao talento e às múltiplas vozes dos convocados, que trocam passes certeiros. Da tradicional onisciência em terceira pessoa a fluxos narrativos. De estruturas convencionais a contos fragmentários. Ao final, temos a imposição do futebol mimetizando a vida, em
todas as suas nuances, num tetradimensionalismo de dar orgulho a qualquer leitor, investigando o que são essas vidas — o que é essa vida.

AUTORES

Alexandre Alaniz
Ana Cláudia Martins
Ana Luiza Rizzo
André Roca
Arthur Telló
Bruno Ribeiro
Cris Vazquez
Débora Ferraz
Eduardo Sabino
Fátima Parodia
Fernanda Mellvee
Gabriel Bortulini
Irka Barrios
Kathy Krauser
Laila Ribeiro
Leandro Schulai
Lúcio Humberto Saretta
Marcos Fernando Kirst
Marcos Mantovani
Rafael Bassi
Roberto Menezes
Rodrigo Celente Machado
Taiane Maria Bonita
Tiago Germano
T. K. Pereira
T.S.Marcon

Título: O LIMÃO
Autor: Motojirô Kajii
Tradução: Karen Kazue Kawana

ISBN 978-65-88865-17-0
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 212
Gênero: Contos japoneses
Publicação: Class, 2021

Motojirō Kajii 
(1901-1932) morreu aos trinta e um anos, vitimado pela tuberculose que contraiu aos dezenove. A doença, com a qual conviveu por vários anos, é presença constante em seus textos, assim como a consciência da morte, pois ele perdeu vários membros da família para esse mal e não ignorava que teria o mesmo destino. E, talvez por isso, a escuridão na qual os objetos se fundem e desaparecem também seja outro tema frequente. Sua escrita, original e poética, revela uma sensibilidade e capacidade de observação extraordinárias. Um simples limão, um concerto musical, a paisagem contemplada de uma janela, cerejeiras em flor, sapos; cenas e objetos do cotidiano lhe despertam emoções e associações inusitadas.
Kajii nasceu em Osaka, frequentou uma escola técnica em Quioto com a intenção de estudar engenharia, mas seu interesse pela literatura o levou a ingressar no departamento de literatura inglesa da atual Universidade de Tóquio em 1924. No ano seguinte, ele criou a revista literária Aozora (Céu Azul) junto com amigos de Quioto que estudavam na mesma instituição. Boa parte de seus contos foi publicada nessa revista. Devido ao agravamento de sua doença, Kajii não concluiu o curso e passou algum tempo na estância termal de Yugashima, na Península de Izu, para convalescer, mas seu estado não melhorou e ele viveu seus últimos anos sob os cuidados da família em Osaka.
A coletânea O Limão (Remon), publicada em 1931, e o conto “Um paciente despreocupado”, publicado pouco antes de sua morte no ano seguinte, constituem praticamente toda a sua produção literária. Apesar da breve carreira de escritor, seus textos chamaram a atenção de autores renomados como Yasunari Kawabata (1899-1972), com quem Kajii jogava partidas de go e discutia literatura durante a estadia em Yugashima, e de críticos como Hideo Kobayashi (1902-1983). Hoje, muitos japoneses o conhecem por terem lido o conto que dá título a esta coletânea nas aulas de literatura do ensino secundário.
Os contos reunidos aqui descrevem as angústias, as alegrias e as pequenas descobertas cotidianas do autor. Neles, Kajii narra sonhos e devaneios de sua imaginação. Acontecimentos e cenas banais adquirem profundidade e se transformam em reflexos de sua “paisagem interior”.

Karen Kazue Kawana
Jaguariúna, 2 de fevereiro de 2021.

X
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?