Livros

Título: ESCRITA CRIATIVA
Autor: Bernardo Bueno (org)

ISBN 978-85-94187-37-6

Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 156
Gênero: Conto, Poesia
Ano: 2017

Na PUCRS tivemos a oportunidade de desenvolver e introduzir os primeiros cursos de Escrita Criativa em uma universidade no Brasil. A honra de ter feito – e de ainda fazer – parte desse processo é muito grande. Mas, principalmente, é uma oportunidade de receber alunos que vêm sem preconceitos, sem saber exatamente o que esperar de uma disciplina de Escrita Criativa, de um curso de graduação ou de pós-graduação. É uma chance de dialogar com suas expectativas e moldar o futuro. Porque nem todos têm certeza absoluta de que querem ser escritores (pergunto: será preciso ter certeza absoluta?). O próprio Murakami, tantas vezes cotado a receber o prêmio Nobel, iniciou sua aventura literária dando uma pausa no seu negócio como dono de bar; se não desse certo, voltaria a fazer o que estava fazendo. Alguns alunos não sabem o que fazer com seu talento. O escritor não tem uma profissão no mesmo sentido dos médicos, advogados, enfermeiros, arquitetos; não há regras a seguir, não há carteirinha ou Conselho Regional. Não existe registro na carteira de trabalho ou concurso público. Aprender a escrever é aprender a lidar com o próprio talento, saber vendê-lo se necessário (se for essa a intenção), saber expressá-lo, saber usar as ferramentas da escrita a seu favor. Ser escritor é um caminho solitário (daí a necessidade de conhecer os hábitos dos outros).
É aí que entra a minha maior preocupação: qual a responsabilidade de alguém com o seu próprio talento? Aqui vamos definir talento não como uma habilidade natural, mas como um amálgama de vontade, técnica e sensibilidade artística. Quantas vezes me deparei com textos maravilhosos, muito bem escritos, vivos, interessantes, empolgantes, textos que carregam a fogo sagrado, o fogo da criação, o fogo de Prometeu? Eu penso, ao fim dos cursos e dos semestres, o que esses criadores vão fazer a respeito? Não haveria, no artista, uma responsabilidade de manifestar o seu talento? Não estou dizendo que esses alunos estejam prontos. Mas há uma sugestão, às vezes, de que se eles continuarem fazendo o que estão fazendo, algo grande vai acontecer. Ou ainda: quanta gente por aí carrega essa chama da criação mas nunca fizeram, nem vão fazer nada a respeito? E não estou falando aqui de escrever como forma de expressão, como uma mera experiência criativa ou hobby de fim de semana. Essas formas de escrita tem seus méritos. Escrever pode ser até uma ferramenta terapêutica, muito válida para ajudar alguém a entender e organizar seus sentimentos, mas falo de um compromisso maior. De uma consciência de sua própria paixão; uma vontade de persegui-la que assombra, que não nos deixa em paz.

Bernardo Bueno

Título: ESCRITA CRIATIVA
Autor: Bernardo Bueno (org)

Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 218
Gênero: Conto, Poesia
Ano: 2018

Escrever é dar voz
Bernardo Bueno
Coordenador do curso de graduação
em Escrita Criativa da PUCRS


Eu escrevo aqui como um de nós – como um colega, como alguém que compartilha um caminho, como alguém que, ao redor da fogueira, acena positivamente a cabeça, em silêncio, como se dissesse Eu também, porque estamos todos aqui, afinal, compartilhando espaços, compartilhando um tempo, compartilhando essa escolha de escrever, de aprender a escrever, de escrever simplesmente, de escrever como quem respira, ou como quem experimenta uma comida que nunca experimentou antes, ou como quem pula de paraquedas, como quem anda de montanha russa, como quem se esconde dos monstros, debaixo das cobertas, uma lanterna em mãos, com poucas certezas a não ser de que, aqui, entre as palavras, eu encontro um pouco de luz e me abrigo das sombras assustadoras e do som da tempestade lá fora. Ou seja: eu não sou eu. Aqui tomo a liberdade de – que audácia – falar por nós.
Não vou falar sobre as razões para escrever. Elas são muitas e muito pessoais: fama, admiração, prestígio, riqueza, realização, necessidade, experimentação, expressão, desabafo, respiração – não necessariamente nessa ordem, e não necessariamente qualquer uma dessas razões. Escrevo por que sim. Acho que agora, nesse momento, nos encontramos aqui, dentro de um livro, presos no âmbar, nossas impressões digitais gravadas, talvez por séculos, juntas, como um retrato no tempo, porque é isso que um livro é, veja só: um retrato no tempo, um registro histórico, por que não, de um momento em que algumas dezenas de pessoas se juntaram e disseram Vamos fazer um livro, e todo mundo disse Sim, e aqui estamos.
Quando eu escrevo, eu me preocupo: penso se meu texto será bem recebido, se será compreendido, se meus colegas de profissão vão me admirar ou falar mal de mim pelas costas e, também, se terei boas resenhas, se ganharei algum concurso, se vou conseguir uma vaga como professor, ou se isso tudo vai render algum dinheiro. Ou se alguma coisa dessas vai acontecer, qualquer uma, porque eu preciso desesperadamente de algum encorajamento, de alguma confirmação de que estou fazendo a coisa certa em acreditar que eu posso deixar alguma marca nesse mundo de sete bilhões de pessoas, possivelmente mais do que isso. Eu me preocupo com tudo isso porque afinal de contas nós temos mesmo é o medo da morte, de passar por aqui, viver alguns anos e voltar ao esquecimento. Mas pelo menos isso eu já resolvi: nós nos juntamos e fizemos um livro, um livro de papel com uma versão eletrônica, veja só, nós estamos cobrindo todas as bases. Em algum lugar nas bibliotecas e nas redes eletrônicas nós vamos viver por um longo tempo. Talvez não eternamente, porque quem é que pode dizer essas coisas, mas um longo tempo com certeza, mais tempo do que o tempo que temos fisicamente, como seres bípedes com polegares opositores que apenas ontem, numa escala cósmica, inventaram a escrita.
O que me falta é justamente essa perspectiva: de que fama, dinheiro e prestígio duram pouco ou duram muito, isso não se decide tão imediatamente como gostaríamos, mas é melhor assim. Por exemplo: em tempos sombrios a literatura pode dar algum consolo, alguma luz, alguma esperança e, em tempos sombrios, se um dia eles vierem, nós vamos continuar vivendo – nós, as autoras e autores – em alguma biblioteca e algum canto da rede de computadores. Ou melhor, o que eu quero dizer é que não consigo ter essa noção muito bem, porque neste instante tudo parece depender de um texto, no qual eu tenho trabalhado há semanas, ou meses, ou anos, e que gostaria que outras pessoas lessem e acenassem com as cabeças, em suas casas, em suas camas, num ônibus, numa livraria ou sorrateiramente numa sala de aula, e eu gostaria que alguém lesse esse tal texto, fruto do meu trabalho, da minha intuição e das técnicas que eu consegui colecionar desde que decidi começar a escrever; que alguém lesse e acenasse com a cabeça, silenciosamente, como se dissesse Eu também. Uma forma de profecia, como queria Ginsberg, poeta beat, que dizia que profecia não era prever onde a bomba vai cair durante a próxima guerra, mas sim aquele momento mágico em que alguém, cem anos no futuro, lê um poema e sabe exatamente o que eu senti quando escrevi. Uma conexão.
Outro exemplo: poucos esforços foram feitos para preservar os vencedores das Olimpíadas na Grécia Antiga, e nós só sabemos os nomes de alguns dos campeões do século V a.C. porque um certo oficial romano os escreveu no verso de um relatório financeiro, que por sua vez sobreviveu até hoje. Sócrates, conversando com Fedro, dizia que a escrita dava apenas a ilusão de verdade, porque confiar nos registros escritos significava parar de exercitar a memória, parar de confiar no próprio julgamento, no diálogo. Ora, sabemos o quanto a escrita é importante para preservar a memória, para afastar o esquecimento e a ignorância – desde que ela nunca se desconecte do coração, da crítica, da reflexão.
Bibliotecas – e museus – queimam muito facilmente. Mas nós somos, hoje, muitos, e os arquivos são muito mais facilmente reproduzidos e compartilhados, e muito mais de nós sabem ler e escrever e criar do que se sabia na época de Alexandria. O que eu queria dizer, quando comecei esse desabafo, esse monólogo interior, ou fluxo de consciência, como ensinam os professores de Escrita Criativa, é que eu penso muito em mim mesmo quando escrevo. Muito em como vou me sentir e nas consequências que isso vai ter pra mim e pouco na importância, no poder e na responsabilidade que eu tenho em escrever. Eu preciso lembrar que meu texto, no qual eu trabalhei por semanas ou meses ou anos, pode ser o único registro que vai sobrar desse momento, desse mês, desse lugar, e meu ponto de vista, minhas palavras, minha voz, podem ser uma luz para os séculos à frente. Ou seja: eu sou necessário, mesmo que não pense nisso.
O esforço de calar, hoje, é consideravelmente maior do que era antes, a não ser que ninguém mais saiba escrever, criar ou pensar. Então não basta saber fazer: eu preciso preservar esse conhecimento, essa habilidade, senão tudo vira fumaça. Nada é garantido, numa escala cósmica.
Escrever é dar voz – a mim e aos outros. Toda escrita existe em diálogo, toda voz ecoa e ressoa em outras, e minha voz pode inspirar alguém. A diversidade de vozes, temas, estilos, e técnicas é parte do nosso legado, uma pequena parte da história da humanidade e da história da arte, uma oferenda que deixamos, aqui, às gerações futuras. Se escrevi efusivamente, peço desculpas, mas é que as vozes que estão juntas falam mais alto, porque a polifonia – e a harmonia – são os recursos musicais mais belos e mais fortes, e é justamente isso que celebramos aqui.

Porto Alegre, outubro de 2018.

Título: ESCRITA CRIATIVA – ANTOLOGIA TRÊS
Autor: Vários autores

ISBN : 978-85-94187-81-9
Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 230
Gênero: Contos e Poesia
Publicação: Class, 2019

Coletânea de contos e poemas, organizados pelo Prof. Eduardo Bueno.

AUTORES

Alexia Rodrigues
Alice Elnecave Xavier
Alice Meira Moraes
Allen Rose
Amanda Costa Nunes
Amanda da Silva Richter
Ana Borges
Ana Carolina Peres Bogo
Ángela Villalobos
Arthur Cavalcante
Bernardo Spindola Mendes
Brendon Duhring
Bruna Brönstrup
Daniel Gruber
Eduarda Abrahão de los Santos
Esther Lya Livonius
Ettiene Leite Sipp
Felipe Dal Molin
Fernanda Soares Batista
Gabriel Eduardo Bortulini
Geysiane Andrade
Gilson de Azevedo
Giovana Rudolph
Gisela Rodriguez
Guilherme Pedro Nogaro
Harini Abja Kanesiro
Hígor Rodrigues
Ildo Orsolin Filho
Irínia Taborda
Isadora Rinnert
Jairo Loewenstein
Jaqueline Puhl
Jéssica Ribeiro Daitx
Joana Troian
Juliana da Costa Machado
Juliana Maffeis
Karoline Broll Rodrigues
Lana Francielly
Larissa Anacleto Lopes
Leonardo Andrade
Letícia Eichstaedt Mayer
Lucas Viapiana Baptista
Lucas Adolfo
Luíza Prates da Cunha Dal Santo
Maiara Carvalho
Marcia Bastilho
María Elena Morán Atencio
Maria Williane
Mariana Jati
Marina Graziano
Martina Schwertner
Nádia Prestes Baptista
Natália Teixeira Medeiros
Nayara Lemos
Nicole Gross
Pedro Mostardeiro Sanchez
Raquel Soares
Renata Wolff
Renato Lacerda Isquierdo
Rosana Souza Carvalho
Rudi Renato Tedeschi Júnior
Selene Sodré Farias Falcão
Stefanie Sande
Stephany Guimarães Pacheco
Tainara Schneider
Vitória de Almeida Fonseca
Yasmim Dalpiaz

Título: ESCRITA CRIATIVA , ANTOLOGIA QUATRO PUCRS
Organização: Bernardo Bueno

ISBN: 978-65-88865-04-0

Formato: 14 x 21
Páginas: 178
Gênero: Contos e Poesia
Publicação: Class, 2020

Uma página em branco é um oceano vazio. Ter ideias é a parte fácil, o problema é escrever até o fim. Há quem sinta a pressão da página em branco. Mas a página é carta branca, uma permissão. Um curso, uma professora e um manual de escrita oferecem uma comunidade, a experiência e as convenções. Mas, no fim das contas, a tarefa é simples: pegar a caneta e fazer marcas na página em branco, de forma constante, até que se preencham os espaços e, em seguida, repetir o processo até que exista um número suficiente de páginas preenchidas, que antes eram brancas, para chamar o conjunto de livro.

Autores:

Aimée Ayres
Alice Meira Moraes
Amanda Richter
Ana Carolina Peres Bogo
Ana Feijó
Ana Helena Franco
Ana Luiza Pereira Furlanetto
Ana Paula Almeida
Andrezza Postay
Bernardete Bruto
Bibiana de Borba Lucas
Brunella Martina
Cândida Castro
Christine Gryschek
Cleyton Cabral
Daniel Fernando Ribeiro da Silva
Édnei Pedroso
Elba Lins
Enzo Haacke Juliano
Ethienne Fogaça Fernandes
Ettiene Leite Sipp
Felipe Durli
Gabriela de Freitas Schneider
Geysiane Andrade
Gilson de Azevedo
Gisela Rodriguez
Henrique Schlickmann
Hugo Peixoto
Ildo Orsolin Filho
Jéssica de Souza Barbosa
Juliana Maffeis
Juliana M. Silva
Ju Almeida Cordeiro
Karen Soarele
Karoline Broll
Lara P. Santos
Lara Ximenes
Leonardo Andrade
Letícia Eichstaedt Mayer
Lucas Adolfo
Luiza Dal Santo
Marga Ribeiro
María Elena Morán
Maria Williane
Marina Soares Nogara
Martina Schwertner
Paulo Mendes Guerreiro Filho
Pedro Mostardeiro Sanchez
Peter Marchi
Raldianny Pereira dos Santos
Renata Rolim Silva
Stéfanie Medeiros
Tainara Schneider
Talita Bruto
Thaís Barros
Vanessa Silla

Título: ESCRITA CRIATIVA, ANTOLOGIA 5
Organização: Bernardo Bueno, Geysiane Andrade e
Gisela Rodriguez

ISBN: 978-85-94187-37-6

Formato: 14 x 21
Páginas: 190
Gênero: Contos, Poemas
Publicação: Class, 2020

A Antologia, agora em sua quinta edição, é uma coletânea de textos de estudantes de graduação e pós-graduação em Escrita Criativa da PUCRS. Mais que um portfolio de talentos, é um registro histórico. Os textos que temos aqui representam nossos mundos reais e imaginados, passados e possíveis. E ainda temos a chance de ter em mãos a primeira publicação de uma pessoa de grande fama literária!

A Escrita Criativa tem uma longa história na nossa universidade: a graduação iniciou em 2016 (uma data que parece, ao mesmo tempo, tão próxima e distante!). Na pós-graduação, está presente desde 2006. Indo mais longe, temos a tradicional Oficina Literária do professor Assis Brasil, a mais antiga em atividade no país, desde 1985. Todos os níveis trabalham juntos, numa troca constante de ideias.

De lá para cá, tivemos eventos, cursos, parcerias (como a especialização com a Universidade Católica de Pernambuco, que participa da Antologia), muitas publicações e premiações. Não é à toa que isso acontece: todos envolvidos, estudando ou ensinando, são incrivelmente apaixonados pela criação literária.

Os últimos anos não foram fáceis, sabemos bem: 2020 e 2021 marcaram mudanças e desafios profundos, perdas, dores, mas também descobertas, novas maneiras de criar, de entrar em contato, de trocar. A Antologia de Escrita Criativa da PUCRS é uma mistura de amor, descoberta, técnica e arte. Escrevemos porque precisamos, afinal, e este livro é a materialização de toda essa vontade de criar.

AUTORES:
Alessandra W. Guaragna
Alícia Geller Sulzbach
Amanda Derois
Ana Helena Gariani Franco
Ana Paula Almeida
Andrezza Postay
Ángela Cuartas
Arthur da Silveira Fortes
Betânia Corrêa de Araújo
Brenda Nickele
carol stranzke
Cecília Maroja
Daniel Ribeiro da Silva
Elisa Marder
Erika Bastos
Ettiene Sipp
Felipe Durli
Fernanda Davila Schmachtenberg
Fernando Campos
Filipe Henz Alencar
Gabriela C. Simões
Geysiane Andrade
Gisela Rodriguez
Hayley
Henrique Schlickmann
Iasmim Nashe
Jaqueline Puhl
José Waldo Saraiva Câmara Filho
júlia de souza
Julia Magalhães
Julia Rosiello
Juliana Maffeis
Karen Soarele
Lara P Santos
Larissa Shanti
Laura Jovchelovitch Noleto
Lê Mayer
Leonardo Sessegolo
Lorena Martins
Lucas Reis Gonçalves
Luiz Felipe
Luiza Estima
Luiza Prates da Cunha Dal Santo
Manoela Tamiozzo
Marcelo Coelho da Silva
Marga I. Ribeiro
Maria Clara Lima
Marina Soares Nogara
Marina Solé Pagot
Nádia Probst
Nayara Lemos
Nicole Didio
Nilo Fonsêca
Renata Pereira
Renata Wolff
Ricardo Holsback
Simone Zuliani
Sophia Lais Marretto Hattori da Costa e Silva
Stéfanie Sande
Vico Pereira
v i c t ó r i a — v&s.

Título: ESCRITA CRIATIVA PUC 6
Organização: Bernardo Bueno, Geysiane Andrade
Gisela Rodriguez

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 188
Gênero: Contos
Publicação: Bestiário / Class, 2022

ISBN 978-65-84571-66-2

Antologia de Escrita Criativa da PUCRS, agora em sua sexta edição, é uma coleção de textos de estudantes de graduação e pós-graduação em Escrita Criativa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS. Aqui, temos muitos gêneros e estilos: poéticos, dramáticos e narrativos; realistas, fantasiosos, assustadores, doloridos e honestos, tão variados quanto são os estudantes de escrita. Alguns autores e autoras estreiam aqui com sua primeira publicação. Outros já percorreram a estrada por um tempo e publicaram seus textos, às vezes livros, em outros momentos.
Porém, algo nos une: a paixão pela literatura e a vontade de seguir criando pelo futuro à frente, sem perspectiva de parar. Junte-se a nós neste livro, ao mesmo tempo um registro histórico e um sinal do que ainda vamos inventar; uma celebração da literatura e sua diversidade.

Autores:
Alessandra W. Guaragna
Alícia Geller Sulzbach
Aline Caixeta
Amauri Antonio Confortin
Ana Clara S. C. Herculano
André de Carvalho
Andrezza Postay
Bárbara Pustai
Bernardo Dal Pai
Bernardo Spindola Mendes
Brendon Idzi Duhring
Camila S. Campos
Daniel Santos
Daniele Kipper Marquetti
Débora Vieira de Farias
Elena Savi Frainer
Erika de Q. M. Bastos
Filipe Henz Alencar
Filipe Smidt Nunes
Fred Linardi
G. Benaduce
Gabriela Arigony Peres
Gabriela C. Simões
Gabriela Richinitti
Gabriela Trindade
Geysiane Andrade
Gisela Rodriguez
Hayley
Henrique Schlickmann
Jéssica Barbosa
Jéssica Rebeca Weber
Julia Magalhães
Julia Rosiello
Kelvin Suminski
Kênia Athaydes
Leonardo Sessegolo
Lio Ribeiro
Lorena Martins
Luisa Maia de Irulegui
Luiz Felipe dos Santos
Luíza Serpa
Luiza Estima
Maria Clara Lima
Marina Luz
Marina Soares Nogara
Marina Solé Pagot
Mario Rads
Maristela Scheuer Deves
Peter Marchi
Rafa Martins
Raquel Soares
Renata Pereira
Richard De Leon
Roberto Vizú
Sara Ventorini e Silva
Theodora Xavier
Valentina Prado
Victória Vieira Silva

Título: PLUMA E PLUMBUM: Monólogos femininos da alegria e da dor
Autor: Dorah Mei

Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 56
Gênero: Conto
Ano: 2016

Dezeseis monólogos tomados do que há de mais revelador, tanto na alegria quanto na dor. Dorah Mei mergulha fundo nos seus sentidos e, até, na sua sensorialidade. O que há de intenso na vida, e a convoca, também chama a morte para manifestar-se. Uma seleção rigorosa de peças curtas, que se destacam tanto pelo tema quanto pela linguagem originalíssima.

R$ 35,00

Título: CALEIDOSCÓPIO
Autor: Luiz Antonio de Assis Brasil (org.)

ISBN 978-85-94187-11-6

Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 256
Gênero: Contos
Publicação: Class / Bestiário, 2018

Autores:

Andrezza Postay
Alexandre Rodrigues
Cátia Simon
Cesar Marcos Casaroto Filho
Cristiano Vaniel
Daniel Cerato Germann
Erik Weber
Gabriel Madeira
Gabriela Cantergi
Gabriela Richinitti
Gerda Horn Caleffi
Luciana Urbim
Maria Avelina Gastal
Mariana Müller
Nara Accorsi

A tradicional Oficina de Criação Literária da PUCRS, conduzida pelo escritor Luiz Antonio de Assis Brasil há mais de 30 anos, tem feito bem mais do que a ingrata tarefa de ensinar a escrever. Ela tem desempenhado o fundamental papel de reunir novos talentos em torno da paixão e do objetivo comum com a escrita. Não saem de lá meros alunos aptos a se tornarem escritores, mas escritores aptos a se tornarem autores. Isto é, não lhes falta talento, e tampouco obras latentes. Em grande parte, falta apenas a última peça para sedimentar o caminho de uma promissora carreira: a publicação.
Um resultado sempre admirável da Oficina são as antologias de contos promovidas no final dos encontros. Mas atenção, leitor: não pense que o livro que você tem em mãos cumpre um papel protocolar. Pelo contrário, os textos aqui reunidos são de uma qualidade e de uma diversidade impressionantes. De antologias como esta já saíram grandes nomes que hoje circulam pelo meio literário. Esta é uma galeria para se observar com atenção.
Tal como um verdadeiro caleidoscópio, as imagens evocadas nestes contos se refletem e se refratam de modo a formarem possibilidades intermináveis. Como se cada um dos 15 autores aqui reunidos fossem espelhos virados um para os outros, seus pontos de vistas, estilos e visões de mundo se projetam infinitamente nas paredes desse universo chamado literatura. Este livro, que reúne a produção criativa de excelentes ficcionistas, é a possibilidade única de flagrar talentos em suas primeiras e deliciosas manifestações.
E eles vêm das mais diversas áreas. Aqui estão jornalistas, professores, estudantes, médicos. Alguns já são experientes, outros estão no frescor da estreia. E passeiam pelos mais variados temas. Das fragilidades de uma doença, de um parto ou de uma morte; de dias nublados e ensolarados, e passagens meteorológicas da vida escolar; da migração do interior e da vida nos centros urbanos; dos bordados, da consciência do próprio corpo; de samurais, dragões e lagartos; crimes, cigarros e estrelas; de histórias bíblicas humanizadas, cartas que não chegam, lembranças da infância; da impossibilidade de enxergar cores, até o ato de escrever. O mundo está aqui representado em quinze vozes únicas. Como um caleidoscópio – que significa “olhar belas imagens” – o jogo espelhado dessas histórias levará o leitor a uma prazerosa viagem pela boa leitura..

Título: Dias múltiplos, nada comuns
Autor: Helenice Trindade

ISBN 978-85-94187-34-5

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 96
Gênero: Contos
Publicação: Class, 2018

Em narrativas longas, espera-se do personagem que carrega o conflito principal uma transformação ao fim da história. E esse movimento, que sempre me faz pensar no rio de Heráclito, é parte do que aproxima a ficção da realidade, pois permite entendermos um pouco melhor o mundo que nos cerca. O livro de contos Dias múltiplos, nada comuns é portador dessa capacidade.
Muito do efeito se deve aos personagens criados por Helenice Trindade. Ela cava fundo no terreno das emoções e traz à superfície elementos que nos colocam como espectadores ativos desse espetáculo da comédia humana sem cair no melodrama banal.
A autora segue à risca aquilo que disse Erico Verissimo, lá em 1939, ao explicar em uma conferência o processo de criação do romance Saga. Segundo ele, “um escritor não deve tolher as suas criaturas” e nem “deve traçar rigidamente a psicologia de suas personagens, sob pena de torná-las sem vida”. Caro leitor, este livro está cheio de vida.
O plural, aliás, caberia bem: vidas. Porque temos não uma nem duas, mas várias portando o bóson da gênese literária, essa partícula que, trabalhada com afinco – e algum talento –, vê uma ideia se transformar em algo tão real que nos tornamos íntimos, próximos, quase a ponto de poder tocá-la.
Além disso, Helenice se apresenta ao público como uma escritora que sabe fazer muito bem cenas de sedução ou de sexo. Entre afetos e desamores, silêncios, reflexos e gemidos, ela consegue ser “sexy sem ser vulgar” – aqui, aproveito para contaminar esta orelha com um clichê, material escasso nas páginas a seguir. Dá trabalho, o risco é constante, mas a autora tem coragem e determinação, e toca direto na alma.
Prepare-se, portanto, para sofrer com uma mulher abandonada, dona de uma sensibilidade ímpar. Aprume-se e vire você também um cúmplice da excluída Beatriz. Feche as janelas, pois Abdo e Ana vão provocar um temporal – ele está vindo! Conheça o vendedor de maçãs que não imaginava vender também sonhos. Ria com a viúva de Idagildo. Chore com Sérgio.
Mas não tenha pressa para degustar essas e outras tantas histórias. Trate cada texto com o devido carinho. Dê tempo a eles. Saiba que muitos passaram por um longo processo de decantação antes de preencheram essas páginas para ganharem o mundo. Aliás, acho que a expressão é essa mesma. Mas quem ganha é o mundo. E muito. Boa leitura!

André Roca
Jornalista, professor e escritor
Porto Alegre, setembro de 2018.

Título: 7 VIRAM TRINTA E 7
Autor: Kathy Krauser

ISBN 978-85-94187-40-6

Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 208
Gênero: Contos
Ano: 2018

E se a inteligência humana fosse refém de uma bizarra planta azul?
Sete destinos entrelaçados em um assalto originam outros trinta incansáveis sonhadores, curiosos inventores, gentis destruidores, corajosos apaixonados, imprevisíveis covardes e irrefreáveis loucos. Todos seres humanos sem noção. E quem não é um pouco?

Uma narrativa não linear que conta a história de 37 personagens por 63 anos em 17 contos (vem com mapa na última página do livro para que ninguém se perca).

Orelha assinada por Luiz Antonio de Assis Brasil.

R$ 36,00

Título: AMORES HOSTIS
Autor: 
Virgínia Kleemann

ISBN 978-85-94187-04-8

Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 54
Gênero: Conto
Ano: 2017

“Amores Hostis”, da escritora, poeta e artista plástica gaúcha Virgínia Kleemann, que vive atualmente em Curitiba, é fruto de ruminações filosóficas antigas, profundas e solitárias sobre os malefícios de amores mal sucedidos que se vão, deixando para trás feridas que o tempo ameniza, mas não consegue cicatrizar. Os treze contos curtos que compõe o livro provam, mais uma vez, que o escritor que tem o dom não precisa exagerar na quantidade de palavras para escrever um texto literário de qualidade. Em “Amores Hostis”, Virgínia é generosa com o leitor. Deixa, de maneira intencional, espaço nas entrelinhas para que o leitor crie imagens, preencha com lembranças e vivências amorosas pessoais, algumas inconfessáveis que dormitam escondidas, ou por medo ou por vergonha de se revelar, lá no íntimo de cada um, aquilo que, intencionalmente, ela deixou de dizer. Escrito em linguagem poética, as palavras deslizam, fluem com sensibilidade sobre emoções, sentimentos mistos permeados com rasgos de lucidez que procuram dar forma às várias faces do amor. “Amores Hostis” é um trabalho cuidadoso, lapidado por anos de estudo e aperfeiçoamento da autora nas oficinas literárias da Fundação Cultural de Curitiba, tem vários trabalhos publicados em revistas e jornais literários nacionais.

Título: ERAM DUAS VEZES – histórias da vovó
Autor: Vera Ione Molina, ilustrações Yuji Schmidt

Dimensões: 16 x 23 cm
Páginas: 22
Gênero: Infanto-juvenil
Ano: 2017

Vera Ione Molina está voltando para a literatura infantil, onde tudo começou. Seus primeiros livros publicados em 1983 e 1984 foram “O Melhor Presente de Natal” e “Cococa”, boa de goela; este último finalista do Concurso Nacional de Literatura Infanto-juvenil João de Barro, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 1983.
Depois dedicou-se aos contos, às novelas, sempre com a sensação de que tinha muitas histórias boas para contar para crianças. Mas as crianças, seus dois filhos Bolívar e Lauro Carvalho, tinham crescido e ela guardou os textos não publicados por trinta anos. Por isso o subtítulo “Histórias da Vovó”.
Foi revisar seus textos e descobriu que tinha que realizar algumas adaptações, pois o mundo mudou muito nessas três décadas. Uma das mudanças foi a maior presença dos avós na vida dos netos e são eles que mais contam histórias.
Este livro é composto por três contos. Dois deles têm o Litoral do Rio Grande do Sul ou qualquer outro como espaço e o terceiro se passa em uma cidade indefinida. Este último, intitulado “Digo e o rebanho de ovelhas negras” é o texto vencedor de um Concurso Estadual de Literatura Infantil promovido pelo CPERS-Sindicato em 1989.

O jovem ilustrador do livro, Yuji Schmidt sempre rodeado por pinturas, filmes e quadrinhos, seu sonho de criança, diferente de outros meninos, nunca foi se tornar aquele herói da tevê, mas sim conseguir desenhá-lo com perfeição.
Essa vontade foi então levando o artista a criar seus próprios heróis, esconderijos e histórias. Com 13 anos, ilustrou seu primeiro livro infantil para o escritor (e seu professor na época) Caio Riter e, desde então, nunca mais parou.
Hoje desenha de todas as formas e em todos os lugares possíveis, criando ilustrações para propagandas, games, camisetas, pinturas e paredes maiores do que eu mesmo, livros como este e o que mais vier pela frente, colorindo assim o seu universo e (quem sabe?), colorindo um pouco o dos leitores.

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